O arranque difícil de Miguel Oliveira no Grande Prémio da Áustria em MotoGP esteve longe do que esperava. O piloto da Trackhouse Racing encontrou-se em dificuldades durante a sessão de treinos da tarde em Spielberg, onde terminou num decepcionante 18º. Este resultado colocou-o na primeira fase da qualificação e, para piorar, a sua ligação à Aprilia RS-GP foi tudo menos tranquilizadora.
Refletindo sobre o dia, Oliveira descreveu-o como uma das sextas-feiras mais desafiantes que já enfrentou, com o seu desempenho aquém dos seus melhores esforços:
“Foi um dia terrível, não há outra forma de dizer. Provavelmente uma das sextas-feiras mais difíceis que já vivi. Não havia aderência nas curvas, não consegui que a moto parasse corretamente e estávamos muito longe do alvo. Dei tudo de mim na corrida final para reduzir a diferença, mas ainda não estamos nem perto de onde precisamos de estar. Há muito trabalho a fazer. Durante as voltas normais, normalmente fui o Aprilia mais rápido, mas depois, durante os contrarrelógios, o Aleix [Espargaró] e o Maverick [Viñales] conseguiram fazer uma boa volta cada um, e foi isso. Ainda estamos longe de onde deveríamos estar e, honestamente, é um desastre.”
A frustração de Oliveira foi evidente ao encarar o resto do fim de semana com pouco otimismo: “Honestamente, espero uma grande reviravolta amanhã para, pelo menos, ter a hipótese de lutar por algo melhor. Mas depois de hoje, não me estou a sentir muito confiante. Teremos apenas de esperar para ver o que acontece.”
Enquanto Espargaró e Viñales conseguiram ser competitivos o suficiente para ficarem entre os dez primeiros durante os treinos livres, Oliveira mostrou-se cético sobre o quanto os seus dados o poderiam ajudar a melhorar: “Claro, talvez possamos encontrar alguma direção para o desempenho numa única volta, mas no geral, estamos a ser esmagados em termos de tempos por volta, ritmo, tudo. Vai ser difícil.”
Sobre as exigências físicas da pista, Oliveira acrescentou: “Normalmente, quando a moto não está a agarrar ou a parar como deveria, acaba-se por fazer mais esforço, mas é mais uma questão de tensão do que outra coisa. Não pode andar relaxado quando as coisas não estão a correr à sua maneira, então acaba por se esforçar mais. Mas fisicamente, acho que esta é uma das pistas menos exigentes; é bastante normal nesse sentido.”
O piloto português enfrenta uma batalha difícil no resto do fim-de-semana, com desafios significativos a superar se espera mudar a sua sorte em Spielberg.
